quinta-feira, agosto 29, 2013

Vivendo intensamente

          As inconstâncias dos desejos numa vida causam auto cobranças quanto à necessidade de ser feliz. Há devaneios em buscar lá fora algo que habita sua própria mente, a felicidade. Ah felicidade! Tão procurada e tão invisível mesmo onipresente. Tão árdua por não ser encontrada! Quem disse que precisamos dela? Para muitos, a regra é ser feliz. Em sua procura, deixa-se de lado o presente para se preocupar com o futuro para não repetir o passado. Esquece-se então de viver. Ser feliz é uma ideia meio que capitalista, você ficando rico consequentemente, alguém no outro lado do mundo ficando pobre. Tu nunca conseguirás satisfazer sempre tuas próprias vontades, muito menos agradar o próximo. Na maioria dos casos tua felicidade pode ser interpretada de maneira errônea pelo próximo, machucando quem te ama. 
        Não há regras, nem manual, conselhos, experiencias ou arrependimentos que fará mudar de ideia. O egocentrismo às vezes é um bom caminho, realizar os próprios desejos moderadamente sem se preocupar com o que pensam. Alguém se decepcionará, deverás tu porventura, realizar compensatórias quanto a isso, ou seja, ser feliz fazendo o bem a alguém.
       Cante, dance, grite, ria, chore, pule, corra, viaje, quebre a rotina, ame, faça tudo o que vier em mente, pois o arrependimento do que já foi feito serve de aprendizado, é mais leve que o peso da angústia por algo que deixou de ser feito. Nesse momento o tempo é o inimigo que diminui os dias que ainda resta em saber o quão é bom viver agindo intensamente, perigosamente, inconsequentemente,apaixonadamente, demasiadamente. Somos jovens, não temos nada a perder a não ser a vida, e a vida não é vida se não for intensamente vivida. São vidas, sendo vidas, nada mais nos resta fazer senão seguir vivendo. 

Dedicado à Paula Silveira.

sexta-feira, novembro 16, 2012

O sentido

Nada do que fazemos nessa vida deprimente faz sentido. É tão comum aceitarmos tudo por, além de não termos escolhas, já estamos acostumados com o que já vivenciamos. Nascemos, sabendo que cedo ou tarde morreremos. Alguns partem antes do tempo e nada fizeram ao mundo a não ser deixar eternas saudades. Crescemos, adquirimos conhecimentos no decorrer da vida, mas nunca o bastante para não errar ou ser perfeito. Acreditamos em Deus, mas nunca o suficiente para não temer ao fim. 
Temos carência, nos apaixonamos, amamos e nos decepcionamos. Contudo a dor que, já esperada por saber que amar é sofrer, é maquiada com drogas. Será que amar é mesmo tudo? Faz sentido entrar em uma complexidade de um relacionamento seja que grau for, sabendo dos riscos? É natural querer sentir algo e logo requerer outro pra sarar a dor? Precisamos mesmo do termo social? Por que necessitamos de afeto para sobreviver? Por que não cada um por si?
O fato não é se opor da necessidade de alguém para sobrevivermos, mas o porque da necessidade. Por que a dependência? Por que somos governados? Pra que temos líderes e representantes? Qual o sentido da disputa de poder e se apresentar melhor que o próximo? Pra que lutar se temos que aceitar a derrota? Pra que comprar se seremos roubados? Pra que buscar se não encontraremos? Pra que tentar se seremos enganados, extorquidos, saqueados, desamados, macerados e abarrotados de uma tristeza sem fim e sem sentido, tal como a vida? Pra que existir se não há um sentido?

Acredito que, no presente descontente, no passado decadente, no futuro reluzente, os fatos se repetem, o tempo é cíclico e nós, alienados e dementes.

quarta-feira, maio 25, 2011

Avoado

            A angústia  me seduz a todo um sedentarismo que me faz levar a um mundo surreal, onde coisas bizarras de um triste e agitado cotidiano do passado vota a submergir. Não sei se uma forma de chamar atenção ou sair da rotina.
           Não me considero normal quando passo a pensar por muito tempo. Quero sempre coisas novas, não me satisfaço com que tenho, esperneio com o que não tenho.
Quero revolucionar e conquistar o mundo. Quero viver dentro de meu quarto.
Quero a mulher mais bela de todas, a casa dos meus sonhos cheias de ilusões. Quero apenas morar numa simples casa e ter filhos com o amor que ainda me resta.
Quero conhecer o desconhecido, viajar pelos quatro cantos do mundo. Quero apenas uma rede aconchegante que me trará paz.
Quero ter muitas habilidades, ter um pouco de tudo. Quero apenas ser bom no que faço, embora ainda não saiba o que faço.
            Minha busca a felicidade parece ter chegado ao fim, quando me dei conta que não se deve procurar, e pior ainda percebi que aquele ditado: "quem procura, acha" não se cabe nesta situação. Sei que parece uma carta de suicídio, ou de pscicopata, mas não faço mal.
Sei que parece um monte de palavras juntas sendo misturadas e expostas aleatoriamente, mas no fim tudo pode fará sentido. Temos mais momentos tristes do que de alegria, como já diziam Vinícius e Tom: "tristeza não tem fim, felicidade sim". Isso não seria um bom motivo pelo qual devo me entregar completamente ao pior.  Agora sim está parecendo um texto de auto-ajuda. Bem, essa não é minha intensão. Minha intensão é deprimente.

segunda-feira, abril 04, 2011

Sabedoria

Nunca fui tão sábio por aprender a andar

Nunca fui tão sábio por definir o certo e o errado

Nunca fui tão sábio em aprender que humildade é o que a humanidade precisa,

ajudar a quem precisa sem querer nada em troca.

Ser tachado de louco e impulsivo quando não se deve ficar parado

Ser ignorado no momento em que mais busco novas experiências

Nunca fui tão modesto em saber que são poucos semelhantes a mim neste mundo

que nem carisma e compaixão existem quando se deseja algo em troca.

Nunca fui tão estúpido ao tentar decifrar o que é o amor,

e nunca fui tão sábio quando me dei conta de que sem ele, ninguém vive.

quinta-feira, março 31, 2011

"Na época da ditadura, meus ascendentes eram felizes, mas não sabiam"

Será que o retorno de uma ditadura, a falta de liberdade de expressão em troca de segurança seria resoluçao de nosso problema?
Uma vida sem liberdade de ação vale uma vida insegura onde você pode ser morto a qualquer momento sem nada ter feito? Radical demais?
Vamos investir em educação? Tudo bem, mas essa é a resulução dos problemas dos nossos netos. E os nossos atuais? Seria a resolução se a incrível e sedentária força nacional entrar em nossas ruas, impedir a entrada de drogas na Amazônia, e afrontar o tráfico no Brasil? Achamos que o Oriente é perigoso, que na Líbia morrem dezenas de pessoas por hora, que terremotos matam mais que nossa guerra invisível aqui.
Estamos enganados, vivemos no erro, morremos no erro, alguns lutam por um propósito, por um bem maior, mas nossa luta termina cedo, por falta de coragem e pelos bons que morrem jovens. Até quando você vai levando porrada e vai ficar sendo saco de pancada?

Por tudo é o que faz bem

o tudo não era nada, se não fosse pelo o que faz bem
o tudo, não seria tudo se não existisse o nada
o nada, não seria nada se não existisse o tudo
o que me faz bem, passaria a não exisitir se não fosse o nada.
por todas as distorções de dimensão desta vida,
por todos espetáculo vividos sem apláusos,
por todos desordenados pensamentos que fluem em mente.
o nada predomina, o tudo está em minha volta, e o que me faz bem está ao lado
a junção de tais fatores dar-me-ão a chave de tudo,
o sentido verdadeiro da visão de quem ama,
não estaria mais desalentado,
enfim quero continuar tê-la ao meu lado.