Nada do que fazemos nessa vida deprimente faz sentido. É tão comum aceitarmos tudo por, além de não termos escolhas, já estamos acostumados com o que já vivenciamos. Nascemos, sabendo que cedo ou tarde morreremos. Alguns partem antes do tempo e nada fizeram ao mundo a não ser deixar eternas saudades. Crescemos, adquirimos conhecimentos no decorrer da vida, mas nunca o bastante para não errar ou ser perfeito. Acreditamos em Deus, mas nunca o suficiente para não temer ao fim.
Temos carência, nos apaixonamos, amamos e nos decepcionamos. Contudo a dor que, já esperada por saber que amar é sofrer, é maquiada com drogas. Será que amar é mesmo tudo? Faz sentido entrar em uma complexidade de um relacionamento seja que grau for, sabendo dos riscos? É natural querer sentir algo e logo requerer outro pra sarar a dor? Precisamos mesmo do termo social? Por que necessitamos de afeto para sobreviver? Por que não cada um por si?
O fato não é se opor da necessidade de alguém para sobrevivermos, mas o porque da necessidade. Por que a dependência? Por que somos governados? Pra que temos líderes e representantes? Qual o sentido da disputa de poder e se apresentar melhor que o próximo? Pra que lutar se temos que aceitar a derrota? Pra que comprar se seremos roubados? Pra que buscar se não encontraremos? Pra que tentar se seremos enganados, extorquidos, saqueados, desamados, macerados e abarrotados de uma tristeza sem fim e sem sentido, tal como a vida? Pra que existir se não há um sentido?
Acredito que, no presente descontente, no passado decadente, no futuro reluzente, os fatos se repetem, o tempo é cíclico e nós, alienados e dementes.
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